A ascensão de Payton Talbott sofreu um revés significativo no início deste ano, quando Raoni Barcelos o dominou a caminho de uma vitória por decisão. Agora, Felipe Lima pretende travar totalmente o seu ímpeto quando se encontrarem no sábado, no UFC 317.
Felipe Lima e Talbott estão escalados para abrir o card principal na T-Mobile Arena, em Las Vegas. Este combate coloca o experiente brasileiro contra um talento muito elogiado.
Nas palavras de Lima, “Talbott gosta de atacar e pressionar o adversário. Falhou no solo [contra Barcelos], mas acho que é um bom lutador com excelente striking. No entanto, existem muitas lacunas no seu jogo. Sei o que ele vai tentar fazer. Ele pensa que eu só quero levá-lo para o chão e mantê-lo lá, mas está completamente errado. Ele vai tentar pressionar-me, mas eu vou pressioná-lo de volta. Será uma ótima luta para os fãs. E fico feliz por a terem mudado para o card principal.”
Lima finalizou Muhammad Naimov na sua estreia no UFC na Arábia Saudita e depois derrotou Miles Johns por decisão em Tampa, um combate que aceitou com pouco aviso apesar de estar a lidar com problemas de saúde. Finalmente, regressa à sua categoria de peso original para enfrentar Talbott, prometendo ser ainda mais dominante no peso galo.
“Sou muito mais rápido no peso galo (61 kg)”, disse Lima. “Esta é a minha divisão. No peso pena (66 kg), sou mais pesado e lento, não é a minha categoria. Estou feliz por regressar à minha divisão e mal posso esperar [pelo UFC 317].”
Ex-campeão do Oktagon baseado na Suécia, Lima disse que o plano original para o UFC 317 era um confronto com Jonathan Martinez, mas precisou de um novo adversário após ser informado que Martinez fraturou o osso orbital no treino. Passaram-se duas semanas sem que ninguém aceitasse substituir, disse Lima, e foi então que ele foi escalado contra Talbott.
“Fiquei frustrado porque estava a treinar, a fazer dieta e pronto para lutar, e temi que não lutasse no UFC 317”, disse Lima. “Não sei o que pensar quando outros não querem lutar comigo. Acho que é o risco de lutar contra alguém sem ranking. Não sei como foram as negociações, mas lutar no UFC 317 é uma oportunidade que não se deve perder. Quando me ligaram, disse que sim, independentemente do adversário. Nunca escolherei lutas.”
Invencível desde a sua estreia no MMA na sua terra natal, Amazonas, em 2015, e com uma série de 14 vitórias consecutivas ao longo de quase uma década, juntamente com uma taxa de finalização de 50%, Lima prevê que irá parar Talbott “no segundo round, ou no final do terceiro”.
“É uma ótima oportunidade para lutar contra ele porque ele tem toda essa `hype` por trás, muitos seguidores”, disse Lima. “É um bom nome para vencer e colocar o meu nome visível para as pessoas no UFC, sabem? O UFC já estava a considerar colocar-me contra lutadores ranqueados porque estavam a ter dificuldades em encontrar um adversário normal, razão pela qual optaram por Jonathan Martinez. Ganhar esta luta leva-me para outro nível, e tenho a certeza que me colocará a seguir contra um top 10.”